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Concurso Público em tempos de crise

É uma constatação: A muito tempo não se falava tanto em crise como em nosso momento atual.

O panorama político passou pela transição da troca de governo, e atualmente se encontra no campo da indefinição. O esperado aquecimento “imediato” do mercado de trabalho, com a geração de postos de trabalho em profusão, entrou em compasso de espera.

Reforma da previdência, acordos internacionais para investimento e entrada de capital estrangeiro ainda sem a resposta esperada, desenvolvimento do país engessado, a dificuldade inicial na governabilidade, … tudo, em última análise reflete na empregabilidade.

E o efeito é natural. Seja por necessidade imediata, seja por prevenção no caso de que coisas possam piorar, a procura pela estabilidade no serviço público acusa a explosão dessa demanda.

O cenário da redução na oferta de vagas e postos de emprego na iniciativa privada, via de conseqüência, aquece diretamente a disputa por um emprego público, em todas as faixas salariais e níveis intelectuais.

Se por um lado sempre existirão candidatos despreparados ou aventureiros, nota-se aumento significativo na quantidade de concorrentes bacharéis, especialistas, pessoas com notável histórico acadêmico ou larga experiência em outras áreas, para cargos onde a exigência por vezes nem exige tais níveis de qualificação.

Assim – com a inferência clara de que as disputas tendem a se mostrarem cada vez mais acirradas – persistência e obstinação também podem ser fatores decisivos na ocupação do espaço destinado àqueles que chegam até o momento da posse.

Os casos que nos chegam mostram essa realidade.

A quase totalidade de nossos patrocinados é composta de pessoas que, em algum momento, estiveram ‘eliminados’.
Exceção feita aos casos onde se fez necessária uma intervenção jurídica de natureza preventiva (antes mesmo da ocorrência de ilegalidade), inúmeras são as nossas histórias de sonhos interrompidos e retomados.

Por mais que possa parecer apenas artifício meramente motivacional, incentivo à auto-ajuda, ou apenas uma frase feita do tipo “clichê”, não desistir do seu sonho – ou mesmo da sua necessidade de colocação profissional, tanto faz – pode significar apenas aceitar a desclassificação, ou questioná-la pelos meios disponíveis quando houver indícios de ilegalidade na decisão exclusória.

Quem postula ingressar nos quadros do serviço público, normalmente não hesita ao exercer a cidadania – com ou sem a intervenção do judiciário.

Assim, se a relação candidato/vaga já cresce significativamente há algum tempo, a estatística que atualmente se faz é a relação candidato qualificado/vaga.

Portanto, considerando que o aumento da disputa amplia também os critérios de eliminação – que sabidamente nem sempre são os mais justos – esteja atento pois, em tempos de crise, pode ser que outra chance não se apresente tão cedo.

Proteja a sua vaga. Caso ela ainda não seja sua, invista nela. E se ela escapou de suas mãos, reconquiste-a!

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